Escola Bíblica Dominical . 10h  |  Culto da Família . 18h30

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Como a IPB se posiciona politicamente?

A todos os concílios, igrejas, pastores, Oficiais e Membros, irmãos em Cristo Jesus, o Senhor.


Graça a vós e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Filho, nosso Salvador e do Espírito Santo, nosso Consolador, em cujo nome vos exortamos quanto ao comportamento ético-cristão diante das oportunidades, dos desafios, dos dilemas e perigos hoje representados pela atividade e participação na vida política nacional.


Recebei, pois, irmãos no amor de Cristo, este pronunciamento e ponde-o em prática no âmbito da vossa vida e ação.

1) A IPB, consciente da sua herança judaico-cristã-reformada, tem um compromisso histórico e ideológico com a democracia, entendida como a participação direta do povo nos seus destinos através do voto, de apoiá-la e contribuir positivamente para o seu desenvolvimento no Brasil e no mundo.

2) A IPB, da mesma forma, tem um compromisso, fundamentado no amor ao próximo, (Lv 19.18) com a justiça social, com o bem estar do povo, com a eliminação da miséria e da pobreza, (Dt 15.4) com a igualdade dos homens em todos os lugares, níveis, situações, independentemente de sexo, idade, ou condição social individual. (Dt 16).

3) A IPB tem um compromisso com o desenvolvimento e a manutenção da paz entre os homens, a promoção da harmonia e da concórdia, tanto no seio da Igreja, como da comunidade nacional. (Mt 5.9).

4) Assim, a IPB consciente de seu tríplice compromisso e no desejo de contribuir para que eles sejam implementados na vida de seus concílios, igrejas, pastores e crentes, recomenda-lhes:

4.1) Orem incessantemente a Deus pelo processo político nacional, seus projetos e planos, bem como por todos aqueles que estão investidos de autoridade, atendendo desta forma a exortação do apóstolo Paulo em 1Tm 2.1-15.

4.2) Participem, como de direito em geral, da escolha de seus dirigentes, sejam eles nacionais, estaduais ou municipais, fazendo jus à condição de eleitores e cidadãos da pátria, no exercício dos seus direitos constitucionais.

4.3) Aos concílios em geral, que evitem dar apoio ostensivos a Partidos Políticos, ou a candidatos a cargos eletivos exceto, neste caso, aqueles oriundos de igrejas Evangélicas, de reconhecida idoneidade moral e político-social.

4.4) Que se evite todo e qualquer apoio a candidatos reconhecidamente descompromissados com os ideais de democracia, justiça e paz propugnados pela nossa Igreja, que visam apenas o interesse pessoal, pactuam com os injustos e corruptos, aceitam subornos, negam justiça aos pobres (Is 5.18, 22-23), decretam leis injustas (Is 10.1) e se afastam da Palavra de Deus como “regra de fé e prática”.

4.5) Que se evite a cessão do templo, ou santuário, local de culto a Deus, para debates ou apresentações de cunho político, podendo as mesmas serem realizadas em suas dependências.

4.6) Que se evite propaganda política no âmbito interno da Igreja, do seu templo ou por seus órgãos e departamentos, exceto se mantidos democraticamente os direitos, a liberdade e o respeito aos contrários.

4.7) Que, em nenhuma circunstância, a Igreja, o Pastor, os concílios, ou Sociedades Domésticas aceitem favores de candidatos políticos que possam resultar em comprometimento de voto, que deve ser pessoal, direto e secreto” (Constituição Federal Art. 14).

5) A IPB, pois, reconhece como legítima a dignidade dos membros seus, incentiva a assumirem ‘uma cidadania responsável, como testemunhas de Cristo, nos sindicatos, nos partidos políticos, nos diretórios acadêmicos, nas fábricas, nos escritórios, nas cátedras, nas eleições e nos corpos administrativos, legislativos e judiciários do país’ (Pronunciamento de 1962, item X, 2), sempre pautada no respeito às instituições e a ordem legal. Reconhece ao mesmo tempo, que ‘nenhum sistema ideológico de interpretação da realidade social, seja em termos filosóficos, políticos ou econômicos pode ser aceito como infalível ou final (Ibid., item IX), mas que a ética cristã-social vivida no sentido da plenitude do Reino de Deus continua a ser a proposta mais significativa, satisfatória e profunda para o homem do nosso século e de nosso país.’”

(Extraído da decisão do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil SC – 1990 – DOC. CLII)

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O Cristão e a Política: como se relacionam?

Ser discípulo de Cristo não diz respeito somente à vida espiritual, mas também a todas as esferas nas quais está inserido, inclusive a política. Perante o cenário político atual, é urgente refletirmos sobre qual relação existe entre o cristão e a política.

O nosso objetivo ao longo deste artigo não é avaliar ideologias, partidos ou sistemas de governo, muito menos dizer qual posicionamento político é o correto. Em vez disso, visamos encorajar os cristãos a buscarem ao Senhor, conhecer os princípios bíblicos e pedir sabedoria sobre esse assunto.

O que é política?

Política não significa apenas eleição, votos, cargos e partidos políticos. Ela não existe somente em períodos eleitorais ou quando surge algum projeto polêmico a ser votado no Congresso ou Senado. Também não cabe somente aos nossos representantes no poder executivo, legislativo e judiciário.

Seu significado vai muito além: é sobre a maneira como organizamos nossas vidas em comunidade. De acordo com o dicionário Michaelis, política é a arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou estados.

“A política é a maneira como atendemos às necessidades cotidianas, resolvemos problemas e solucionamos nossas diferenças. Trata-se de harmonizar diversos interesses e construir consenso sobre o que vale a pena perseguir como sociedade.” (Jennifer Marshall)

Portanto, como cidadãos que integram uma sociedade, todos temos o dever de buscar a manutenção da ordem para o bem maior da população. Ficar à margem e esquivar-se não é uma opção para nenhuma pessoa, principalmente para o cristão.

O desafio entre o cristão e a política

Seja assustado pela complexidade das questões ou por duvidar do processo político em geral, muitos crentes optam por manter distância da política.

Isso tende a acontecer por dois motivos:

  1. Devido à vastidão de partidos de nosso país e à polarização das bandeiras políticas, cada uma com suas ideologias e ideais, é comum o cristão sentir-se perdido sobre quais os limites de seu posicionamento. Isso se agrava quando a opinião política divide famílias, amizades e igrejas.
  2. A Bíblia não é exaustiva sobre todos os assuntos que nos cercam. Em alguns temas, é mais fácil se posicionar biblicamente, como roubo, assassinato, uso de drogas, aborto, guerras etc. Já sobre outros temas, não há uma definição bíblica clara, por exemplo: políticas comerciais, relações internacionais, tributações, reformas etc.

Diante dessa realidade, nenhum cristão deve presumir que exista “A” única posição política cristã que seja correta. Somente a Palavra de Deus é a verdade absoluta. Em determinadas situações, devem buscar sabedoria no Senhor e respeitar a liberdade de pensamento.

Isso é importante de ser ressaltado, já que, no âmbito civil, todos possuem a liberdade de ter suas preferências políticas, sem necessidade de justificativa ou retratação. Porém, quando se trata do cristianismo, todas as preferências devem ser submetidas à Bíblia.

Aprofunde seu conhecimento sobre a relação do cristão com a política. Acesse o nosso Portal de Conteúdo “Qual o papel do cristão na política?”

O cristão e a política em um estado laico

O Brasil é um estado laico, assim sendo, não possui religião oficial e nem é antirreligioso. Todos são livres para exercer a sua fé conforme a doutrina da religião sem interferência do Estado. Além disso, o Estado não pode proibir a existência de alguma religião e nem pode privilegiar uma em detrimento de outras.

É exatamente pelo Estado brasileiro ser laico que o cristão e a política podem se relacionar.

Então, qual é o papel do cristão na política?

Deus é um Deus de ordem e relacionamento: Ele criou todas as coisas de uma maneira estruturada e organizada, formou os seres humanos e os inseriu em comunidades para viverem juntos. 

Por meio da revelação bíblica, o povo de Deus pode ter a real compreensão da natureza e do propósito do ser humano, bem como da soberania de Deus sobre todas as instituições governamentais. Logo, o cristão possui um papel vital para que a sociedade progrida de forma ordenada e isso envolve nada menos do que política.

Não cabe à igreja apenas entregar folhetos e lançar músicos e pregadores de relevância. Para influenciar em todas as esferas governamentais, a igreja precisa de pessoas dispostas e capacitadas. 

Enquanto alguns cristãos são chamados para atuarem ativamente na política pública, ocupando cadeiras no poder executivo, legislativo ou judiciário; outros buscarão a ordem em seu cotidiano na vida comum.

Porém, todos são chamados a fazerem o que é certo de acordo com a vontade e caráter de Deus, conforme ele revelou nas Escrituras. Portanto, é papel de todos os cristãos:

  • Orar pelas autoridades;
  • Cumprir as leis do país (desde que não vá contra a Bíblia);
  • Levantar a voz em favor dos oprimidos;
  • Opor-se à corrupção;
  • Protestar quando devido;
  • Votar conforme os princípios bíblicos;
  • Promover justiça, paz e harmonia onde estiver.

O princípio norteador do posicionamento político do cristão

Somos seres movidos por nossas crenças. O que acreditamos sobre as responsabilidades da igreja e do governo influencia nossa compreensão sobre o funcionamento das coisas e direciona nossas decisões políticas.

Mesmo que pareça que não há como, principalmente pelo fato do Brasil ser um estado laico, o cristão e a política precisam caminhar juntos. Esse é um dos meios em que a razão da fé dos cristãos pode impactar a vida pública.

Como o povo de Deus tem como regra de prática a Bíblia, ela deve ser a lente pela qual tudo deve ser enxergado. Sendo assim, esse é o princípio que norteia o pensar e agir do cristão na política.

Pensando em política, ao olhar para a Palavra de Deus, é possível o cristão compreender três coisas:

  • A queda de Adão depravou todas as coisas. Toda nação é formada por seres humanos caídos, que enfrentam problemas em todos os âmbitos, seja políticos, sociais, econômicos, de saúde, segurança ou de qualquer outra área (Rom. 5:12, 19 e 5:6, e 3:10-12; Ef. 2:3; Rom.8:7-8; Gen. 6:1; Tiago 1:14-15; Mat. 15:19);
  • As autoridades governamentais são estabelecidas pela graça comum de Deus para o bem da humanidade caída, tendo como encargo a manutenção da paz e punição dos malfeitores (Gn 9:5-6; Rm 13:1-7; cf. 2 Sm 8:15; 1 Rs 10:9; Pv 29:4);
  • Nenhuma instituição humana, mesmo que esteja alinhada com a Bíblia, levará a redenção ao povo para solucionar todos os seus desafios. Isso ocorre somente em Jesus, em quem todas as coisas se convergem e podem ser redimidas. (Jo 6:37, 39 e 10:15-16; Ef. 2:8; Jo 3:5).

Se a mensagem do Evangelho for a esperança dos cristãos, então, aplicar a cosmovisão cristã é um ato de serviço ao próximo. Quando o cristão age conforme os padrões bíblicos, ele age com amor ao próximo e integridade no comportamento, anunciando a mensagem do Evangelho, que salva as almas caídas que necessitam da salvação em Jesus Cristo.

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Conheça mais sobre a Igreja Presbiteriana de Limeira

A IP Limeira é uma igreja que acredita em Jesus e no poder que ele tem para transformar vidas!

Somos uma igreja bíblica, missionária e acolhedora. Desde 1927, estamos no coração da cidade de Limeira/SP, onde Deus nos colocou para anunciar o Evangelho de Jesus a todos.

Caminhamos com Jesus para fazer discípulos e batizá-los em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Pregamos a Palavra de Deus para ensinar nossa comunidade a viver o que Deus ordenou nas Escrituras: o amor a Ele acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.

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